XVII BRAZILIAN CONGRESS OF OBSTETRICS AND GYNECOLOGY
of CHILDHOOD AND ADOLESCENCE and
2nd ONLINE CONGRESS of SOGIA-BR
PERFIL DE NASCIDOS VIVOS DE MÃES ADOLESCENTES EM UM ESTADO DA AMAZÔNIA
Amanda Guedelha Negrão , Daniele Socorro de Brito Souza Paiva
Palavras-chave:
Gravidez; Adolescência; Nascidos vivos
Introdução: A gravidez na adolescência ocorre entre os 10 e 19 anos e configura questão de saúde pública, visto que traz consequências físicas, psicológicas e sociais para o binômio mãe-bebê.
Objetivo: identificar o perfil de nascidos vivos de mães adolescentes no estado do Pará.
Método: estudo descritivo, transversal e quantitativo, com dados coletados na plataforma DATASUS do Ministério da Saúde, referente aos nascidos vivos de mães com idade entre 10 e 19 anos, no Pará, no período 2010-2019. Foram analisadas as seguintes variáveis: idade gestacional, adequabilidade do pré-natal, tipo de parto e peso ao nascer.
Resultados: nos 10 anos pesquisados, foram declarados 1.384.519 nascidos vivos no estado do Pará, sendo 25,9% (359.658) de mães adolescentes. Analisando a idade gestacional, 81,7% destes partos foram a termo (> 37 semanas) e 13,1% prematuros (< 37 semanas). Quanto ao pré-natal, 5,8% das mães realizaram pré-natal de forma adequada (pelo menos 6 consultas), enquanto 21,9% realizou de forma inadequada, 0,5% não realizou pré-natal e em 42% dos casos essa informação foi ignorada. Em relação ao tipo de parto, 61,5% foi vaginal e 38,2% cesáreo. Considerando o peso de nascimento, 8,7% nasceram com baixo peso (menos de 2500 gramas), 87,6% dos recém-nascidos tiveram peso adequado (2500 a 3999 gramas) e 3,3% foram bebês macrossômicos (acima de 4000 gramas). Conclusão: gravidez na adolescência corresponde a mais de 1/4 das gestações e está relacionada a uma baixa adesão ao pré-natal, elevado número de partos cesáreos e prematuridade, além de um importante percentual de recém-nascidos de baixo peso.