
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
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Avaliação da via de parto em gestantes adolescentes em um município do Rio de Janeiro
AUTOR
Mariana Miranda Espírito Santo e Silva
CO-AUTORES
Filomena Aste Silveira, Ana Bárbara Suckow Landim, Ana Luiza Kozlowsky de Alencar, Carolina Bernardes Leite, Juliana Moreira da Silva, Marina Paiva Criscolo, Valentina de Oliveira Porcaro, João Alfredo Seixas
CONTEÚDO
Instituição: Centro Universitário de Valença (UNIFAA), Valença – RJ, Brasil
Introdução: A gravidez na adolescência é um evento de grande impacto social e de saúde
pública, principalmente em países em desenvolvimento, sendo que a escolha da via de
parto pode influenciar significativamente na saúde da mãe e do bebê, tendo implicações
tanto imediatas quanto a longo prazo. Objetivo: Analisar a via de parto nas gestantes
adolescentes do nosso município. Método: Foi conduzido um estudo com dados
extraídos do TabNet – DataSUS, analisando a correlação entre nascidos vivos de
gestantes de 10 a 19 anos e a via de parto no município de Valença – RJ, entre o período
de 2013 a 2023. As gestantes foram dividas em dois grupos, aquelas que realizaram parto
vaginal e as que foram submetidas a cesariana. Resultados: No período estudado
registrou-se um total de 1.736 gestantes com idade entre 10 e 19 anos, destas, 53,1%
realizaram parto vaginal, enquanto 46,9% foram submetidas a parto cesáreo. No ano de
2013 foram 94 vaginais e 97 cesáreas, em 2014 foram 87 vaginais e 99 cesáreas, em 2015
foram 79 vaginais e 99 cesáreas, em 2016 foram 84 vaginais e 80 cesáreas, em 2017
foram 78 vaginais e 92 cesáreas, em 2018 foram 75 vaginais e 104 cesáreas, em 2019
foram 63 vaginais e 88 cesáreas, em 2020 foram 78 vaginais e 59 cesáreas, em 2021
foram 107 vaginais e 28 cesáreas, em 2022 foram 89 vaginais e 38 cesáreas e em 2023
foram 88 vaginais e 30 cesáreas. Conclusão: O parto normal apresenta várias vantagens,
incluindo uma recuperação mais rápida, menor risco de complicações pós-operatórias,
menos intervenções médicas e um vínculo mais imediato entre mãe e bebê. Observamos
uma redução no número total de partos em adolescentes no período do estudo. Ao
longo desses dez anos podemos observar uma inversão no número de partos cesáreos
em relação ao vaginal, ocorrendo um aumento significativo dos partos vaginais. Essa
diminuição iniciou simultaneamente com a abertura da Maternidade Escola no
município, com foco no parto humanizado, assim como a realização de palestras para
jovens para prevenção da gravidez.