
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
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Abordagem Terapêutica Integrada no Tratamento de Síndrome dos Ovários Policísticos e Vaginismo em Paciente Adolescente
AUTOR
Sarah Barbosa Leal
CO-AUTORES
Fabiene Bernardes Castro Vale, Gerson Pereira Lopes
CONTEÚDO
¹Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais, ² Faculdade de Medicina UFMG, ³ Rede Mater Dei de
Saúde.
Relato de Caso
Contexto:
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) constitui uma condição endocrinológica
prevalente entre mulheres em idade reprodutiva, cuja identificação durante a adolescência
apresenta desafios devido à sobreposição com características típicas do desenvolvimento
puberal. Um diagnóstico preciso é essencial, uma vez que a SOP pode impactar de maneira
significativa a saúde física e psicológica das pacientes. As abordagens terapêuticas iniciais
incluem o uso de anticoncepcionais orais, fármacos sintomáticos e intervenções no estilo de
vida. Adicionalmente, destaca-se a relevância de monitorar condições associadas, como o
vaginismo, que pode comprometer a qualidade de vida e a saúde sexual das mulheres.
Descrição do Caso:
Uma paciente, diagnosticada com SOP aos 14 anos, iniciou tratamento com ACOs
(etinilestradiol e ciproterona) e, aos 18 anos, relatou dificuldades durante tentativas de
penetração sexual com seu parceiro, caracterizando dor e tensão. Para abordar o vaginismo,
foi adotada a técnica de dessensibilização sistemática, que visa reduzir a ansiedade e a dor
através de exposição gradual à penetração. Após dez sessões de terapia, a paciente conseguiu
realizar a penetração sem desconforto e notou um aumento na lubrificação e no desejo sexual.
Ela também se adaptou bem à nova formulação de ACO (etinilestradiol e clormadinona)
sugerida.
Comentários:
Este caso destaca a importância de intervenções terapêuticas integradas, que abordam tanto
os aspectos físicos quanto os emocionais, permitindo que a paciente recupere sua
funcionalidade sexual de maneira satisfatória