ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
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XVII CONGRESSO BRASILEIRO de OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA
da INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA e
2º CONGRESSO ONLINE da SOGIA-BR
PREVALÊNCIA DA ENDOMETRIOSE PÉLVICA NA ADOLESCÊNCIA E O SEU IMPACTO NA FASE REPRODUTIVA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Autora: Maria Luiza Gonçalves Brandão . Co-autora: Márcia Sacramento Cunha Machado
Palavras-chave:
Endometriose, epidemiologia, adolescência, prevalência
Introdução: Define-se endometriose pela presença do endométrio fora da cavidade uterina. Dados sobre a sua prevalência ainda são escassos por ter diagnóstico tardio. Uma das principais consequências da endometriose é a infertilidade. Objetivo: Entender a prevalência da endometriose nas adolescentes e observar as repercussões reprodutivas. Método: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica no MEDLINE/PubMed, LILACSe SCIELO. Foram incluídos textos completos, que abordavam a epidemiologia, prevalência e repercussões reprodutivas. Utilizou-se a estratégia PICO e para avaliar a qualidade dos artigos foram utilizados os questionários do Instituto Joanna Briggs e do Newcastle-Ottawa. Resultados: A endometriose possui uma prevalência desconhecida, mas é um achado comum em adolescentes com histórico de dor pélvica crônica ou dismenorreia resistente ao tratamento médico. Nesse contexto, foi encontrada uma prevalência alta dos sintomas bastantes característicos da doença, 89% com dismenorreia e 63% que relataram não ter melhora da dor com analgésicos e anticoncepcionais orais. Também foi encontrada uma prevalência de 90,4% entre adolescentes com média de 17,95 anos; de 3,1% entres adolescentes com média de 16,8 anos; e de 1,08% entre jovens de 15 e 20 anos. As repercussões reprodutivas encontradas foram infertilidade, abortos, gravidez ectópica, doença hipertensiva da gestação, menor duração da gravidez, partos prematuros, parto vaginal em menor frequência e maior incidência de placenta prévia. Conclusão: Considerando a quantidade de mulheres analisadas, a prevalência da endometriose na adolescência foi alta e as repercussões reprodutivas mais encontradas foram infertilidade, distúrbios hipertensivos, menor incidência de parto vaginal e maior número de cesariana.