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CFM recomenda aos médicos solicitar exames de HIV, sífilis e hepatite a seus pacientes

Atualizado: 31 de mar. de 2019

O médico deve orientar seus pacientes para que façam exames de diagnóstico de HIV, sífilis e hepatite dos tipos B e C. O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou a Recomendação nº 2/2016, no dia 21 de janeiro de 2016, em reunião plenária.

Essas doenças, com sérios potenciais de complicações e graves consequências, requerem tratamento adequado imediato. Além disso, com a mesma velocidade que a doença se fortalece no corpo do portador, ele pode transmitir para terceiros. “No Brasil, cerca de 25% dos casos de HIV são diagnosticados quando o paciente já apresenta contagem de linfócitos CD-4 abaixo de 200 células por mm3, o que significa estado avançado de imunossupressão”, relata o infectologista Dirceu Grego, membro da Câmara Técnica de Bioética do CFM, que propôs a recomendação.

Aumento dos casos

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, foram registrados 7.137 casos de HIV, 31.997 casos de sífilis, 3.167 casos de hepatite B e 4.386 casos de hepatite C em 2014, no âmbito estadual. “Vários fatores podem estar contribuindo para o aumento, principalmente a diminuição dos alertas e da divulgação”, relata o infectologista Marcos Boulos, diretor de comunicação do Cremesp.

Em 2014, a estimativa era de que 781 mil pessoas viviam com o HIV no País. Dessas, 83% (649 mil) haviam sido diagnosticadas, das quais 80% começaram o tratamento e 66% continuaram. Estima-se que cerca de 150 mil pessoas no Brasil vivem com HIV/Aids e não sabem.

Tabu

Para o infectologista Caio Rosenthal, também conselheiro do Cremesp, há barreiras na relação médico-paciente quando o assunto são as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). “Temos de mudar alguns conceitos, nos adaptar à nova realidade, buscar maior abertura com os pacientes e nos conscientizarmos, médicos e pacientes, da importância dessas questões que envolvem confiança e intimidade necessárias para garantir um perfeito atendimento”, analisa.

A Recomendação nº 2/2016, é dirigida a todos os médicos. “Essa recomendação visa facilitar a abordagem do médico para o tema importante das infecções sexualmente transmissíveis, introduzindo-o durante a consulta. Caso os testes ou a vacinação não tenham sido realizados, o médico orientará o paciente, conforme o caso, sobre a necessidade, oportunidade ou conveniência de sua execução”, explicou Greco.

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