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Reflexão sobre o estupro coletivo

O Presidente da Associação Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência (SOGIA-BR), após ouvir sua Diretoria vem, através desta nota, posicionar-se contra todo tipo de agressão à mulher, seja física, psicológica ou discriminatória. Posicionar-se frontalmente contra a humilhação e o desrespeito à mulher, considerando que “ser mulher” não significa ser objeto sexual da cultura machista. Principalmente posiciona-se contra a cultura do estupro reinante em nossa sociedade.

A triste ocorrência no Rio de Janeiro com uma menina de 16 anos demandou pronunciamentos de diversos segmentos sociais na mídia, incluindo as redes sociais. Declarações de algumas autoridades foram estarrecedoras.

Estamos agora, como associação médica, nos pronunciando publicamente para repudiar veementemente o que ainda ocorre com frequência na sociedade e, conclamando a todos que façam uma reflexão profunda sobre o tema, pois é evidente a veracidade do que se chama “CULTURA DO ESTUPRO” como forma de pensar de nossa sociedade.

Não se pode negar ou querer minimizar o caráter machista que reina em todas as estratificações sociais da nossa sociedade inclusive na classe econômica mais privilegiada, haja vista o que uma revista semanal publicou recentemente ao se referir ao governo interino: “... Dama Bela, Recatada e Do Lar”, escancarando assim o preconceito e desrespeito para com a mulher da sociedade moderna, que busca não apenas a igualdade, mas sim demonstra que é tão capaz quanto o sexo masculino para exercer atividades em todos os níveis, e não só cuidar do lar, além de continuar com a função mais digna, nobre e insubstituível da MATERNIDADE.

José Alcione Macedo Almeida Presidente da SOGIA-BR

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